A falácia do custo irrecuperável e o Herbert Simon
A falácia do custo irrecuperável é uma armadilha comum. Continuar em um projeto só por que acha que precisa fazer valer o tempo ou dinheiro investidos, é descuido, especialmente no setor de tecnologia.
Você provavelmente já trabalhou em alguma empresa, que continuou a investir em um projeto que provavelmente já deveria ser abandonado faz tempo... O ponto do não retorno, já tinha passado há muitos momentos atrás, mas a empresa ainda insistia em investir dinheiro e tempo de áreas inteiras no projeto. Ou talvez você já deve ter insistido em um relacionamento, seja profissional ou pessoal, mesmo que já tenha passado do tempo de desapegar e avançar. Ou, até mesmo, ter se arrastado para um evento externo, com muita chuva, trânsito e confusão, só por que você já tinha comprado um ingresso caro. Tudo isso são exemplos de "a falácia do custo irrecuperável".
A falácia de custo irrecuperável é um conceito que se refere à tendência das pessoas em continuar investindo em algo, mesmo que isso não traga mais benefícios ou esteja causando mais prejuízos, simplesmente porque um determinado recurso (tempo, dinheiro, atenção, esforço) já foi investido.
Isso acontece muito no mercado de ações, onde investidores de todos os tipos, insistem em carregar as ações de uma determinada empresa ou de um determinado grupo de empresas, mesmo que elas estejam ruins, seja pela esperança de ser temporário ou até mesmo por que o preço já caiu tanto, que não faz sentido sair agora.
Herbert Simon
Herbert Simon foi um economista e cientista da computação americano, nascido em 1916 e falecido em 2001. Ele é conhecido principalmente por suas contribuições para a teoria da decisão e da administração, bem como por seus estudos sobre o comportamento humano e o processo de tomada de decisão.
Simon foi um dos fundadores da disciplina da inteligência artificial sendo considerado um dos pais da ciência da computação. Ele desenvolveu o conceito de "satisficing", que se refere à tendência das pessoas em buscar soluções que atendam aos seus requisitos mínimos, em vez de tentar encontrar a melhor solução possível.
Simon também foi um defensor da teoria da economia cognitiva, que se baseia na ideia de que as pessoas tomam decisões com base em representações mentais simplificadas da realidade, em vez de usar cálculos matemáticos precisos.
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