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O significado original da palavra disrupção foi dada pelo Clayton M. Christensen no artigo Disruptive Technologies: Catching the Wave. O significado é relacionada a como uma empresa pode usar a tecnologia para mudar um produto ou um serviço já existente, superando as empresas que anteriormente já estavam nesse mercado e que poderiam ser líderes no setor.
No artigo, o Christensen fala muito sobre como as empresas que inicialmente mudaram mercados, perderam o momento de disrupção, por estarem focados nos clientes e produtos atuais, não dedicando atenção necessária para criar novos produtos.
No livro Second Curve, do Charles Handy, ele mostra como as sociedades se modificam e são construídas por meio de ondas de transformação. Ele explica, usando a curva Sigmoid (que ele dá o nome de Second Curve), que as transformações começam devagar e depois elas aceleram até chegar num nível estabilizado, ou um platô. Um pouco antes desse platô, uma segunda curva começa ou deveria começar, para que uma tendência de transformação ascendente continue acontecendo. Se essa segunda curva não acontece, a sociedade se degrada, as empresas não inovam e acabam se perdendo, as pessoas não evoluem em seus objetivos. Essa curva em S é um padrão na vida (tanto profissional quanto pessoal), mas também nos negócios e na sociedade.
É interessante saber que a tecnologia inova muito mais rápido do que a capacidade que as pessoas têm para pagarem por essa tecnologia, exatamente por que as expectativas das pessoas não foram alcançadas sobre as tecnologias que elas acham que realmente irão resolver seus problemas ou os problemas das suas empresas, além de custarem muito caro ou ainda não chegarem no nível desejado de consumo.
The real problem is that the change has to be initiated while the first curve is still going. That means that those who have been in charge of that first curve have to begin to think very differently about the future, or, more often, let others lead the way up the new curve. That is something that does not come easily. Why change when all is well, we ask ourselves. -- Handy, Charles. The Second Curve . Random House. Kindle Edition.
Contudo, eu ainda queria adicionar que a ideia de disrupção não é apenas lançar no mercado um novo produto mais barato, com menor custo e com mais tecnologia, mas sim quebrar o que antes se conhecia, criando uma nova realidade. A partir do momento que uma disrupção nasce, ela muda o comportamento e a forma de viver das pessoas. É um caminho sem volta. Tudo se divide no antes e no depois dessa disrupção. Foi assim com microcomputador, com a internet, com o carro e com o choux cream. Uma vez que as pessoas experimentam, elas não sabem mais viver sem.
A inovação geralmente vem com algum esforço, dinheiro e foco. Disrupção geralmente não vem tão fácil assim. O Musk inovou a forma de enviar foguetes para o espaço e na produção de carros elétricos. Mas ainda precisamos entrar em caixas de metal, com quatro rodas para sair do ponto A e chegar no ponto B. Se ele tivesse criado o teletransporte, aí sim ele teria disruptado o mercado e a vida das pessoas. Nunca mais o setor de transporte seria o mesmo. Nunca mais a sua vida seria a mesma.
Seja como for, seu foco como PM deve ser trazer inovação todos os dias para o produto e consequentemente para o mercado, contudo, você precisa buscar uma disrupção ou pelo menos ficar atento à possibilidades de disrupção.
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