Eu já estaria satisfeito com essa resposta, mas eu sei que talvez eu seria mal interpretado ou eu poderia estar sendo simplista demais. O movimentar indicadores de negócio guarda muito mais segredos do que podemos imaginar.

Um disclaimer: tudo o que eu falar aqui remete a uma realidade que talvez esteja muito longe do que você conhece. Contudo, dever ser algo a ser perseguido e almejado por você e pelo seu time.

O contexto principal

O principal contexto que pessoas que gerem produto devem ter bem claro na cabeça é qual é o jogo que a empresa está jogando e como ela tenta vencer esse jogo. Esse é o pensamento mais tradicional de estratégia puxada pelo A. G. Lafley e Roger L. Martin. Eles dizem que a estratégia deve responder 5 questões básicas:

  1. O que é nossa aspiração de vitória? A proposta de valor da empresa, o que move a sua aspiração;
  2. Onde iremos jogar? O campo, posição, onde nós iremos atingir nossa aspiração de vitória;
  3. Como nós iremos vencer? A forma com que iremos vencer nesse campo escolhido;
  4. Quais as capacidades devemos ter na empresa? As capacidades, skills e recursos devemos adquirir ou formar na empresa;
  5. Como iremos gerir e mensurar? Os sistemas e medidas que irão nos ajudar a suportar e monitorar essas escolhas;

Nada muito difícil de entender ou que você não tenha visto anteriormente. É simples: conheça o mercado em que sua empresa atua, como ela se posiciona no mercado e principalmente qual a diferenciação da sua empresa perante todos os outros. Essa coisa de diferenciação vem muito do Porter, onde ele diz que estratégia é um conjunto de escolhas que tragam diferenciação para o que a empresa entrega como proposta de valor. Ou quase isso.

Obviamente, para que as respostas a estas questões façam sentido, você precisa entender o que vem antes: missão/visão da empresa. Melhor seria se a empresa tivesse uma Causa Justa, aí sim, você teria uma base sólida para entender todos os por quês.

Se você não entende esse contexto, você não consegue gerir o produto. O produto sendo um dos meios (hoje em dia, um dos principais meios) que transmite a proposta de valor da empresa para o mercado, deve ser gerido por alguém que realmente conheça como esse meio pode levar à diferenciação e causar impacto.

O impacto

O impacto é basicamente o resultado gerado para a empresa. Não é qualquer impacto, é o impacto que a empresa precisa para aquele momento, para aquele timing, para aquele mercado e para aquele segmentos de clientes.

Esse impacto quem define não é você. Desculpe decepcionar. Por quê? Simples: PM não decide negócio. Então, antes de querer causar qualquer impacto, você precisa saber qual é o impacto esperado por quem define esse impacto. E quem define o impacto? Simples também: diretoria, investidores, founders.

Contudo, a definição de qual impacto eles esperam que aconteça não é tirada aleatória de uma reunião regada a álcool e alucinógenos. Pelo contrário, eles olham duas coisas principais: movimento de mercado e clientes. Pois é. Nada mais do que isso.

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