Eu nunca conheceria o Sturgill Simpson se não estivesse procurando animes na Netflix. Sturgill Simpson é um cantor americano, nascido no Kentucky. Ele se mudou pra o Oregon onde formou uma banda de Bluegrass chamada Sunday Valley.
Sturgill Simpson Presents Sound & Fury na Netflix é basicamente a versão visual do álbum Sound & Fury do Sturgill Simpson. São 45 minutos de pura arte, em uma especie de “anime musical” ou como chamam Álbum Musical Animado. Se você assistiu o Interstellar 5555, você vai manjar do que estou falando.
É uma experiência audiovisual única e intensa. Combinando música country com elementos de rock, punk e eletrônica, Sturgill Simpson cria um som inovador que se destaca no cenário musical atual. O curta apresenta uma variedade de personagens estranhos e distorcidos, em um mundo pós-apocalíptico que parece saído de uma graphic novel.
A direção de Jumpei Mizusaki traz uma estética visual impressionante para o curta, com animações em estilo anime que complementam a música de Simpson. No entanto, a história em si pode parecer um pouco confusa e fragmentada para alguns espectadores, com pouca explicação sobre os personagens e seu contexto. No geral, Sturgill Simpson Presents Sound & Fury é uma experiência arrojada e emocionante que vai agradar aos fãs do som inovador de Simpson e da estética visual de anime.
O Junpei Mizusaki é um diretor japonês conhecido por seu trabalho em animações e filmes de anime. Ele trabalhou como designer de personagens na animação Afro Samurai, produzida pelo estúdio Gonzo em 2007, e também foi diretor de animação em Jojo's Bizarre Adventure: Stardust Crusaders. Em 2018, Mizusaki dirigiu o longa-metragem Batman Ninja, que apresenta uma nova visão do herói e seus aliados em um Japão feudal.
Com Sturgill Simpson Presents Sound & Fury, Mizusaki traz sua habilidade com animação para a música inovadora de Simpson, criando uma experiência audiovisual única e intensa em uma série de pequenas curtas metragens, mas com um anime central principal. Esse anime principal se passa em um mundo pós-apocalíptico, onde você vai ver tudo se misturando, desde samurais, robôs, armas de fogo e cyberpunk... tudo junto no mais perfeito caos. A fotografia é maravilhosa.
É uma obra experimental com um sentimento indie incrível. A música é boa, a viagem do anime é maravilhosa. Os curtas são bem agradáveis. Muito bom ver coisas alternativas assim na Netflix.
São 10 faixas ao todo, do mais alto nível de country rock, que particularmente (e por incrível que pareça) me agradou bastante.
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